terça-feira, 1 de março de 2016

Nem o destino previu... Não deu certo... Pois é.

Pois é, pois é... pois é pois é...

E ao amanhã que não se pode ver 
E ao amanhã a gente não diz 
E ao coração que teima em falhar....

Pois é... Pois é... Se é assim fazer o que?

Pois é, até onde o destino não se preveniu 

Sem mais, ficou pra atrás... Deixa o amanhã pta você quem sabe sorrir...

Porque meu coração já quer descansar...
Eu só queria depois de tudo que me tornei que: Clareia minha vida, amor, no olhar Clareia minha vida, amor, no olhar... Pois não deu...
Pois é, pois é.... Pois é, pois é.



(Adaptação da música "Pois é" dos Los Hermanos)

moinhos de tortura, afogamentos em pó petróleo e raízes...




Eu estou deitado imaginando sua necessidade de solidão e o que ela significa ou se ela é verdadeira... honesta ou quem sabe o que...


Olho para o teto e vejo um elmo feito com os ossos de um Deus morto e que não me serve de nada. Vejo um violão, que não é meu... Tenho vontade de toca-lo... talvez cantar uma canção triste, mas rapidamente minha mente metafóra meu toque em ti a cada acorde, meu olhar em ti em ti a cada nota sozinha ou acompanhada, a cada melodia triste que sairia de meus dedos, mas não toco.
Olho para minha cortina verde, tentando inutilmente me defender do vento soprado por lábios leporinos que me acerta e dói.

Olhos para as estantes de livros bonitos, mas me parecem belezas apagadas, olho para meus filmes e foco em 3,  A outra terra; Ensaio sobre a cegueira e A ultima hora... curiosos não? não me levanto.

Sem movimentar a cabeça... apenas os olhos se direcionam para a televisão. Nela só tem linhas distorcidas em sua maioria brancas e cinzas, mas algumas bem poucas coloridas e um chiado permanente. Permaneço olhando, pois de tudo é o que mais representa meu interior.

O vento entra pela janela mais forte... entra em meus ossos cansados e dói.

Eu respiro profundamente para tomar folego e aguentar essa dor de abandono pela quarta vez, minha garganta coça... eu tusso meu pomo-de-adão dói.

O vento alcança meus ouvidos e dói... não me protejo, pois meus braços estão cansados e dói, meus joelhos, minha nuca, meu cabelo dói....



Esses ventos que te dão folego movem os moinhos que moem pedras dentre de mim.

Então dói, quando respiro dói.



...eu choro mil lagrimas para um milagre.... eu choro mil lagrimas para um milagre....



Essas luzes negras que caem dos meu olhos submergem meu quarto em lagrimas negras.... Eu me debato por instinto e dor... estico meu e me retorço nesse poço de petróleo, buscando onde estou... estico meus braços e dedos para uma arvore-driáde e não tenho um barco disse a arvore...