sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

VERDADES



Escolhi brincar com verdades,
mas eram cortantes
tal qual diamantes na vidraça da alma.

Mudei,
decidi regar um jardim de nuvens
e alimentar borboletas furtivas
com o néctar dos meus segredos.

Besteira,
bom mesmo é deixar as verdades
forjarem frestas no peito.
Assim as borboletas entram e fazem morada.

NARA RÚBIA RIBEIRO

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

...Talvez...

Talvez
Se o mundo desfocasse
E só se visse a gente
E todas as pessoas que sobrassem fossem meros figurantes
Se a vida decidisse mudar de roteirista
E o gênero trocasse de repente num instante
Quem sabe
A gente
Podia
Ser
Protagonista
Talvez


Clarice Falcão

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

ADENTRA-ME

Planeja o teu caminho dentro em mim
e desenha o teu corpo sobre o meu.

Sussurra em meus ouvidos
palavras indecifráveis aos homens.

Reaviva-me
Em correntezas desprovidas
de pudor ou pecado.

E que o meu peito pulse em ti.

E que o meu dorso, arqueado,
alado esteja
para que viajemos
a caminho do céu.

NARA RÚBIA RIBEIRO

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

NÃO BORBOLETARÁS

Não é certo fazer pacto com borboletas.
Não acho certo.

Deveria ser crime
Prosear com passarinhos
Ou observar detidamente
A gota de orvalho
Em meio às pétalas entreabertas da aurora.


Errado deixar-se atrair por bolhas de sabão.
Obsceno ficar espiando o acasalamento das cores
No alaranjar do crepúsculo.

É cruel observar, inerte,
O trabalho escravo das formigas.

Desumano mesmo é achar
Que pirilampo também é gente.

As leis do Estado
Deveriam tolher um tanto mais
Essa poesia indecorosa das coisas
E condenar à morte os poetas,
Esses deploráveis reinventores
Do vetor das essências.

NARA RÚBIA RIBEIRO

Um breve monologo sobre a mentira e sua escravidão.


A mentira em nada acrescenta a nenhuma relação... ela é venenosa e corroê demasiadamente.
Não há casal que resista a essa idosa... pois o que ela tem como presente é a desmotivação, o rompimento, a negligencia, os desvalor,  a corrupção do genuíno... a possibilidade de ser uma pessoa amada sem tentáculos de miséria é perdida... no meio de afirmações incisivas e sorrisos mascarados...

a resposta da pergunta mais humilde do mundo  (eu posso amar vc?) é não... não pode, pois eu não permito e quero mais ver-lhe longe de mim...

como ousas me pedir para me amar? alguém tão desimportante... alguém que merece o frio da minha velha amiga mentira... (uma querida amiga eu sei que esta velha e cansada, mas esse passarinho merece conhece-la... então trabalhe um pouco mais pra mim...) a resposta é não pássaro do barro... eu te negligencio, pois meu passado vale mais do que você e... então saiba o seu lugar barro voador e voe pra longe de mim... pois o que tenho para lhe oferecer é mentira... e você procura romãs e frutas outras.

Não adianta insistir pássaro manco, sua casa não resistirá... pois minha arma te correr e deixa-te sem teto... deixa-te desesperançoso, deixa-te peregrino sem casa... sem lar... e sem amada... então deixa-me que o que quero é mentir... deixa-me que o que desejo e a voracidade virulenta  da sorte de ser o que não é, sendo esculpido por lagrimas, disfarçando num sorriso e tentando não ser escondido... em ser uma verdade que se esqueceu de acontecer...

Sozinho...


Solidão é quando tudo que fazia sentido passa a ser vislumbrado em uma teia de mentiras e omissões. Nesse momento não existe ao que se apegar... pois viramos insolidos, insólitos e escorremos pelo corpo como chuva desalmada.
O mais paradoxal é que tudo isso nasce do encontro alheio ou do desencontro. Do almoço mentiroso, da tentativa intentada e do caminhar de caranguejo.
Cada vez que isso acontece se perde um pedaço de luz que habita o ser... pois o medo, a desconfiança, a descrença vão se alojando...
deve ser por isso que o mundo está cheio de pessoas que não estão dispostas a amar umas as outras... então ás que estão sofrem... mas acabam aprendendo que nesse mundo não se pode amar... 

(...)



segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013


{}


Nem mesmo a esponja mais dura da dor
ou o corte mais profundo da indiferença
será capaz de ferir o meu sonho.
A estrutura do que sinto,
na essência do que sou,
é de blindagem puríssima.

NARA RÚBIA RIBEIRO

Solidão líquida



...(nomaR)


inocência e alegria líquidas


Meteoritos líquidos



terça-feira, 3 de dezembro de 2013

É sempre demais até para as lágrimas

Nosso corpo padece desta doença: o amor.
Seu limite não é a pele. Ele contém o universo inteiro.
Dizia Pablo Neruda: “Sou onívoro de sentimentos, de seres... Comeria toda a terra.Beberia todo o mar.”
E o nosso sofrimento tem a ver justamente com isto:
que gostaríamos, como uma mãe, de acolher, proteger, acalentar tudo o que existe. E é por isto que o destino de um pássaro perdido, de uma gaivota coberta de óleo,de uma árvore que geme consumida pela queimada, são tragédias internas, que
fazem nosso corpo estremecer e chorar.

Pensei estas coisas depois de ter tentado aprender com os animais e com as plantas o segredo da sua tranqüilidade.
E concluí que esta é uma lição que nos está vedado aprender.
Nunca poderemos participar da sua felicidade. Para sermos tranqüilos como bichos e árvores, seria necessário que não tivéssemos coração. Estamos condenados ao sofrimento porque estamos condenados ao amor. Nas palavras de Wordsworth, “graças ao coração humano que nos faz viver,/ graças à sua ternura,alegrias e temores,/ a mais singela flor que o vento sopra/ faz-me pensar pensamentos profundos demais até para
as lágrimas.”

Este é o preço que se paga por se ter dentro de um corpo tão pequeno um coração que abraça um universo tão grande.

Rubem Alves

sexta-feira, 29 de novembro de 2013







A casa do passarinho

Um passarinho pediu a meu irmão para ser sua árvore.

Meu irmão aceitou de ser a árvore daquele passarinho.

No estágio de ser essa árvore, meu irmão aprendeu de

sol, de céu e de lua mais do que na escola.

No estágio de ser árvore meu irmão aprendeu para santo

mais do que os padres lhes ensinavam no internato.

Aprendeu com a natureza o perfume de Deus

seu olho no estágio de ser árvore aprendeu melhor o azul

E descobriu que uma casa vazia de cigarra esquecida

no tronco das árvores só serve pra poesia.

No estágio de ser árvore meu irmão descobriu que as árvores são vaidosas.

Que justamente aquela árvore na qual meu irmão se transformara,

envaidecia-se quando era nomeada para o entardecer dos pássaros

e tinha ciúmes da brancura que os lírios deixavam nos brejos.

Meu irmão agradecia a Deus aquela permanência em árvore

porque fez amizade com muitas borboletas."

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O sonho de um homem ridículo

uma manhã ensolarada com céu limpo e ar fresco não fizeram com que o fosse menos tempestuosa essa manhã depois de tristezas afogativas....
Porém muito mais poderoso que um raio de sol veio um pombo correio me trazer uma mensagem com os dizeres da pessoa mais amada que já ouve nessa terra "Bom dia João de Barro amado!". Essa mensagem foi o suficiente para que eu pudesse sorrir e ter esperança de novo.

Então com toda a euforia de um apaixonado, comprei flores para presentear minha amada,  comprei o chocolate que ela tão adora e fui ao seu encontro... fui convida-lá para um almoço de reparação dos mal entendidos, fui com a esperança de vê-la transbordando em meus dedos...

Quando lá cheguei avistei que ainda estava ocupada, mas que logo iria pode me encontrar... então fui zapear pela rua... quando fui procura-la de novo não há vi mais... mandei mensagem, telefonei, mas o telefone estava desligado...
ela desligou o telefone?
sim, ela desligou... e o pior que sei exatamente quando ela faz isso...
foi encontra-lá mesmo depois de tudo... não é Violeta...
eis o sonho de um homem que assumidamente se vê ridículo mas agora sabe o seu lugar...
Me desculpe por sonhar...


terça-feira, 26 de novembro de 2013

por favor, pisa devagar, porque estás pisando nos meus mais queridos sonhos...

(Yeats)

quinta-feira, 21 de novembro de 2013


O repouso é como a lua... Próximo e distante ao mesmo tempo. 
Como bem escreveu João Cabral de Melo Neto:


"O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte."

O amor comeu tudo e ainda sim é menino pequeno que não sabe enfrentar vida...
é um copo de água pra uma manada de elefante, é um pessoa pra olhar todas as estrelas...
é uma gota de lagrima no oceano, é um marujo sem pé no mar, é uma maça pra que tem fome de carne,
é um carinho pra quem deseja brigar, é um caminho que não escolhem pra trilhar...
é uma lingua que não consegue degustar o doce...
é um lençol que não cobre o corpo...
é algo que não está no escopo...
é um utensílio sem serventia na casa de quem não se perfuma com o frescor do sentimento genuíno...
e muito pouco pra quem se sente cansado de ter sido sempre mal tratado...
é muito bom pra quem é desconfiado...
é muito raso pra não poder se deixar inapagado...
é muito menino pra parecer coisa séria...
é tão pouquinho que se confunde com miséria...
é tão privado que parece insensato... é recente, então parece incoerente....
é tão faminto que parece um bebê...
é tão de lado que não vislumbra-te a você...
é um menininho de um metro e 15 de altura correndo para caçar balões de Cecília...

O amor reconhecível, que aperta meu coração e faz corpo doer... e meu sangue parar... é tão pequeno que devora tudo que sou , que devora minha paz, minha amanda noite, minha primavera festiva,   , meu silêncio insalubre, minha frutas prediletas, meus escritos de folhas, minha guerra, meu futuro.... mas ainda sim não cresce.... eu adoro o amor do João Cabral de Melo Neto, mas o meu é pequeno.... não é buraco negro gigante que devora tudo... ele engole só a mim...

só queria que fosse diferente... mas não é... como as borboletas brancas...


A lua que brinda às miudezas desse mundo...

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Eu preciso de carinho
Eu preciso de calor
Vem abrir o meu caminho
Venha ser o meu amor...

Eu preciso ser amado
Ser amado prá valer
Ando até preocupado
Sem vontade de viver...

Venha ser a minha amada
Me acompanhe por favor
Minha linda namorada
Pois é seu o meu amor...

Eu preciso ser amado
Ser amado prá valer
Ando até preocupado
Sem vontade de viver...

Venha ser a minha amada
Me acompanhe por favor
Minha linda namorada
Pois é seu o meu amor
Pois é seu o meu amor...


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Tenho que ser leve pra voar... mas não fui feito de algodão... me desculpe por isso

Eu, como joão de barro, tenho o dever de ser leve pra poder voar... mas não fui feito de algodão...
e "ainda não fazem pessoas de algodão... é disso que preciso... de algo que não existe.

ainda não fazem pessoas de algodão... ainda não fazem pessoas que enxuguem...
Suas próprias



Cáusticas

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Teu presente... meu pombo sem asa para você e só...

Simplesmente amo, sem saber como por em palavras... sem saber como me expressar, ficando tonto e com as mãos tremulas, querendo te tocar e me impondo um pudor cruciante... só sei que sei que é amor e que...


'Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?'*



Não tenho outro algo para te presentear que fosse mais simbólico e de efetivo valor além de mim mesmo... não encare como arrogância eu não valho tanto assim, mas o que carrego dentro de mim e que me constitui é de um valor sem igual... um beijo voador e quente na sua alma carente de carinho e de alegria. Minha violeta dos meus sonhos.




*Fernando Pessoa

Todas Elas juntas Num Só Ser

Não canto mais Babete nem Domingas,
nem Xica nem Tereza,de Ben Jor;
nem Drão nem Flora,do baiano Gil,
nem Ana nem Luiza,do maior;
já não homenageio Januária,
Joana,Ana,Bárbara de Chico;
nem Yoko,a nipônica de Lennon,
nem a cabocla de Tinoco e de Tonico.

Nem a tigresa nem a Vera Gata
nem a branquinha de Caetano;
nem mesmo a linda flor de Luiz Gonzaga,
Rosinha,do sertão pernambucano;
Nem Risoflora,a flor de Chico Science,
nenhuma continua nos meus planos;
nem Kátia Flávia,de Fausto Fawcett;
nem Anna Júlia do Los Hermanos.

Só você,
hoje eu canto só você;
só você
que eu quero porque quero,por querer.

Não canto de Melô Pérola Negra,
de Brown e Herbert,nem uma brasileira;
De Ari,nem a baiana nem Maria,
nem a Iaiá também,nem minha faceira;
de Dorival,nem Dora nem Marina
nem a morena de Itapoã;
divina garota de Ipanema,
nem Iracema,de Adoniran.

De Jackson do Pandeiro,nem Cremilda;
de Michael Jackson,nem a Billie Jean;
de Jimi Hendrix,nem a doce Angel;
nem Ângela nem Lígia,de Jobim;
nem Lia,Lily Braun nem Beatriz,
das doze deusas de Edu e Chico;
até das trinta Leilas de Donato
e da Layla,de Clapton,eu abdico.

Só você,
canto e toco só você;
só você,
que nem você ninguém mais pode haver.

Nem a namoradinha de um amigo
e nem a amada amante de Roberto;
e nem Michelle-me-belle,do beattle Paul,
nem Isabel - Bebel - de João Gilberto;
nem B.B.,la femme de Serge Gainsbourg,
nem,de Totó,na malafemmená,
nem a Iaiá de Zeca Pagodinho,
nem a mulata mulatinha de Lalá;

e nem a carioca de Vinícius
e nem a tropicana de Alceu
e nem a escurinha de Geraldo
e nem a pastorinha de Noel
e nem a namorada de Carlinhos
e nem a superstar do Tremendão
e nem a malaguenha de Lecuona
e nem a popozuda do Tigrão.

Só você,
hoje elejo e elogio só você;
só você,
que nem você não há nem quem nem quê.

De Haroldo Lobo com Wilson Batista,
de Mário Lago e Ataulfo Alves,
não canto nem Emília nem Amélia,
nenhuma tem meus ''vivas'' e meus ''salves''!
E nem Angie,do stone Mick Jagger;
e nem Roxanne, de Sting, do Police;
e nem a mina do mamona Dinho
e nem as mina ? pá! - do mano Xiz!

Loira de Hervê,Loira do É O Tchan,
Lôra de Gabriel,o Pensador;
Laura de Mercer,Laura de Braguinha,
Laura de Daniel,o trovador;
Ana do Rei e Ana de Djavan,
Ana do outro Rei,o do Baião;
nenhuma delas hoje cantarei,
só outra reina no meu coração:

Só você,
rainha aqui é só você;
só você,
a musa dentre as musas de A a Z.

Se um dia me surgisse uma moça
dessas que,com seus dotes e seus dons,
inspira parte dos compositores
na arte das palavras e dos sons,
tal como Madallene,de Jacques Brel
ou como Madalena,de Martinho
ou Mabellene e a sixteen de Chuck Berry
ou a manequim do tímido Paulinho

ou como,de Caymmi,a moça prosa
e a musa inspiradora Doralice;
se me surgisse uma moça dessas,
confesso que eu talvez não resistisse;
mas,veja bem,meu bem,minha querida,
isso seria só por uma vez.
Uma vez só em toda a minha vida,
ou talvez duas,mas não mais que três!

Só você,
mais que tudo é só você;
só você,
as coisas mais queridas você é:

Você pra mim é o sol da minha noite,
é como a rosa luz de Pixinguinha;
é como a estrela pura aparecida,
a estrela a refulgir do Poetinha;
você,ó floré como a nuvem calma
no céu da alma de Luiz Vieira;
você é como a luz do sol da vida
de Stevie Wonder,ó minha parceira.

Você é pra mim o meu amor
crescendo como mato em campos vastos;
mais que a Gatinha pra Erasmo Carlos,
mais que a cigana pra Ronaldo Bastos,
mais que a divina dama pra Cartola,
que a domna pra Ventadorn,Bernart;
que a Honey Baby para Waly Salomão
e a Funny Valentine para Lorenz Hart!

(2x)Só você,
mais que tudo e todas,é só você;
só você
que é todas elas juntas num só ser!

(Lenine)

domingo, 3 de novembro de 2013

Agradecimentos para Violeta

Duvide que as estrelas sejam fogo
Duvide que Betelgeuse seja grande e brilhante
Duvide das fibras do meu pescoço
Duvide que o sol se mova
Duvide da corda luminosa e da imponência de Orion
Duvide das pontas dos teus pés e do silencio que tentas fazer...
Duvide que a verdade seja mentirosa
Duvide da física e da meta-física...
mas não duvide das acrobacias do meu coração, nem das cocegas que fazes em mim, nem das florestas imaginárias, nem de mim e vc... mas principalmente...
nunca duvides que eu te amo.

William Shakespeare (adaptado)

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

silêncios e silêncios...

Quando uivo na noite fria, posto que é essa a natureza da saudade, são pássaros, pequenos, delicados, vibrantes que cantam teu nome... Vão beijar teus sonhos... 






(Maria Borges)

terça-feira, 29 de outubro de 2013

No meio da madrugada....

Meu peito bateu tão forte no meio da madrugada....
que senti meu tórax se render à sua potencia.
E fiquei observando o que poderia ter acontecido e percebi que a unica coisa que pensei...
foi o quanto gosto de você, o quanto tenho amor por ti... e meu coração se tazmaniou e bateu feito pombo sem asas

um, dois, três, e assim vai...

O toque das pétalas é suave e sedoso
a brisa é meiga e singela...
e eu no meio de tudo isso...
o pingo do meu suor carnívoro
o sorriso embriagado de sossego...
e o rio a correr... e correr...
e eu no meio de tudo isso...
e eu no meio de tudo isso...
e eu na senda do meu destino...
e eu desmarcando meus compromissos...
e eu olhando e ouvindo o mar...
nomaR...  

domingo, 20 de outubro de 2013

Porta, Retrato

Antes de me ofender
antes de se afastar
gosto de você, pra começar

Antes de entristecer
e antes de me culpar
gosto de você, branquinha

Antes de envelhecer
antes de se lembrar
gosto de você agora

Quando você voltar pra casa, pequena
não há tristeza que valha a pena

(Porta, Retrato - Cícero)

O tempo de quadra em quadra

Do lado da alegria toda
Espero sentado o próximo ônibus
A confusão a caminhar
E a solidão a batucar
De lado pra alegria toda
Procuro calado a caixa de fósforos
A confusão a caminhar
E a solidão a batucar.

(Duas Quadras, Cícero)

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Amor... em línguas

Ek is lief vir jou (17/10/2013) 18:27

ich liebe dich  (17/10/2013) 23:15

я цябе люблю (18/10/2013) 19:55

मैं तुमसे प्यार करता हूँ (19/10/2013) 12:26

Aishiteru (19/10/2013) 12:27

Eu te amo (19/10/2013) 13:58

jag älskar dig (19/10/2013) 18:08

Eu te amo é a unica frase que consigo falar sem que meu corpo se contorça de dor, são as únicas palavras que me aliviam essa imensidão esmagadora...

I love you (20/10/2013) 12:32

Is breá liom tú (21/10/2013) 11:51

ຂ້າພະເຈົ້າຮັກທ່ານ (22/10/2013) 17:25

fi cariad eich (23/10/2013) 00:40

Aš tave myliu (23/10/2013) 00:41

Eu te amo (23/10/2013) 00:42

Eu te amo (23/10/2013) 00:43

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Não consegui escrever um título para tamanha dor...

É com uma tristeza inabalavelmente profunda. É um tal de pinga-pinga do peito. Um alívio insuportavelmente angustiante que meu coração parou de bater... foi em uma noite chuvosa onde cada pingo escorria pelo meu corpo que com um uivo demasiadamente humano meu coração parou.... empedrou, adoeceu de tanta espera... isso é deveras verídico, porém  ao contrário do que pedi o clichê... continuo calmo... não vou gritar, nem me debater... apenas ficarei aqui sentado vendo a margem de afastar...
Tenho um pouco de medo, estou apavorado na verdade, mas ainda tenho o que viver... só que agora tenho um pedaço de carne cinza no peito...
Eu assim como Clarice, tento captar a quarta dimensão... sabe aquela coisa de instante-já e da Psicologia da Gestalt...

Eu não sou um excelente escritor... escrevo tosco, mas gosto dos meus dizeres... não por me orgulhar deles... na verdade eu me envergonho quase sempre do cara refletido nas minhas palavras, mas tento perdoa-lo... ou esquece-lo.

E assim será com você Violeta...

usarei todo esse sofrimento pingado de mim como tinta pra pintar meus quadros, ou para escrever meus dizeres... tenho que me apressar pois já estou quase que completamente descorado... meu coração está em frangalhos... e como diria Leoni

"Eu respiro tentando
Encher os pulmões de vida
Mas ainda é difícil
Deixar qualquer luz entrar...

Ainda sinto por dentro
Toda dor dessa ferida
Mas o pior é pensar
Que isso um dia
Vai cicatrizar...

Eu queria manter
Cada corte em carne viva
A minha dor
Em eterna exposição
E sair nos jornais
E na televisão
Só pra te enlouquecer
Até você me pedir perdão..."

Mas serei eu mesmo... cicerado...

"...pra não te magoar
Não tem porquê
Pra ajudar teu analista:
"Desculpa."
Mas se você quiser
alguém pra amar
ainda
Hoje não vai dar
Não vou estar
Te indico alguém"

Esse meu descoloramento é permanente... perdi muito sangue agora preciso descansar... Nesse instante-já esta amanhecendo com uma aurora nebulosa... esta chovendo... meus pés descalço se umidessem  se tornam tácitos... passam sem fazer barulho... sem deixar marca... e vão se distanciando vagarosamente da esperança um dia presente... isso é tristeza... não to falando das pinturas convencionais.... to falando como Michel Seuphor... isso é tristeza, sem ilustrar coisa alguma, não conta histórias e não elaboram um mito. Simplesmente evoca os reinos intocados da alma, onde o sonho torna-se pensamento e onde o traço torna-se existência... eu diria onde a tristeza torna-se sem forma, nem determinantes, apenas... eu existindo...

Hymne à L'amour

Nem todo inimigo é vencível. Por exemplo, a morte. A gente pode passar por ela de raspão, enfrentá-la, confundi-la, adiá-la. Mas no final, ela sempre vence.

Nem toda leitura vale a pena. Campanhas para incentivar novos leitores são sempre bem-vindas. Ler é enriquecedor e libertador. Mas um livro ruim na forma e chato no conteúdo pode matar um leitor no nascedouro.

Nem todo trabalho é salubre. Experimente ser carvoeiro, mineiro, estivador, garimpeiro, costureira clandestina. Experimente a pá e a enxada sol a sol. Experimente vender mate, limonada, sandália, canga nas areias da praia.

Nem todo prazer é sustentável. Veja o caso das drogas - ilegais e legais. Elas são capazes de excitar, animar, empoderar. Mas, muitas vezes, poucos anos de euforia levarão a muitos de lágrimas.
Nem toda dor é inevitável. Preconceito, discriminação, machismo,  prepotência não nascem com o bebê. São patologias adquiridas ao longo da socialização. Elas enfraquecem o cérebro do paciente e causam sofrimento aos outros.

Nem toda paz é alegre. Há situações que só se transformam com ruído, indignação e luta. Há momentos em que você tem que cair da cadeira para sair do lugar. Tem que bater no fundo do poço para depois voar.
Nem todo concreto é seguro, haja vista a ação de terremotos, tsunamis, furacões. Nem toda escada leva para o alto, elas também descem aos subterrâneos. Nem todo avião decola e aterrissa, alguns explodem no ar.

Nem todo caminho vale ser trilhado. Nem toda criança é doce. Nem todo velho é sábio. Nem todo jovem inova. Tem cantor que desafina. Tem cozinheira que salga. Tem riqueza que definha. Tem poder que desaba.

Nem todo dia é um bom dia. Há aqueles em o carro quebra, o chefe berra, o arroz queima, o computador apaga, o joelho dói, a vizinha xinga, o riso termina em choro, a chave quebra na fechadura.

Só amar é absoluto. Pois não existe amor errado, inútil, antiquado. Amar é o que faz o mundo ser inimaginável. Amar faz a falta virar abundância. Amar relativiza todas as mentiras e todas as verdades.

(Por f2012_pompeu | Mente Aberta – ter, 15 de out de 2013, Imagem: Régine Ferrandis, Paris)

domingo, 13 de outubro de 2013

...

Procuro um lugar onde a solidão seja mais arejada...

Quando você vem ou não?
O que você quer de mim?
Deixo por aí
O que você tem?
De onde você é?
Pode me esquecer
Se você quiser
Ou se deixar chover
Se você vier

Eu vou te acompanhar de fitas
Te ajudo a decorar os dias
Te empresto minha neblina
Vamos nos espalhar sem linhas
Ver o mundo girar de cima
No tempo da preguiça

Mas tudo bem
O dia vai raiar
Pra gente se inventar de novo (2x)

O que você é enfim?
Onde você tem paixão?
Segue por aí
Eu não sou ninguém demais
E você também não é
É só rodopiar
Em busca do que é belo e vulgar

Vamos onde ventar, menina
Foi bom te encontrar lá em cima
Odeio despedidas

Mas tudo bem
O dia vai raiar
Pra gente se inventar de novo
Mas tudo bem
O dia vai raiar
Pra gente se inventar de novo
E o mundo vai nascer de novo

(Cícero, Tempo de Pipa)

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Soneto das pétalas do seu copulencia'lma di buceta'risada


Soneto Do Teu Corpo

Juro beijar teu corpo sem descanço
Como quem sái sem rumo pra viagem
Vou te cruzar sem mapa nem bagagem
Quero inventar a estrada enquanto avanço

Beijo teus pés
Me perco entre teus dedos
Luzes ao norte
Pernas são estradas
Onde meus lábios correm a madrugada
Pra de manhã chegar aos teus segredos

Como em teus bosques
Bebo nos teus rios
Entre teus montes
Vales escondidos
Faço fogueira
Choro, canto e danço

Línguas de Lua
Varrem tua nuca
Línguas de Sol
Percorrem tuas ruas

Eu juro beijar teu corpo sem descanço
Eu juro

Juro beijar, eu juro

Sobre Orgasmos... (...)


Sorrir é ter orgasmos pela boca (alegriassorrida)

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Sobre orgasmos...


Chorar é ter orgasmos pelos olhos... 

sábado, 21 de setembro de 2013

poe'carne da pulsação carn'i'poieses


Queria decorar seus músculos
vagarosamente, acariciosamente.
E deixar que o miocárdio pare
Que contraia e falhe
taquicardiamente.

Queria decorar seus olhos
Retina com retina, lente com lente.
Queria esquecer prova e livros
Aulas e intensivos
corpos já não mais vivos
pra viver contigo só este presente.

Pois deixei tudo interligado
Como um giro cingulado
Próximo aos seus olhos claros
sempre que estive ausente.

Mas não há como marcar meus passos
Nem como me desfibrilar
Apenas seja a corda tendínea
Do meu músculo papilar.

(Anatomia da Depressão: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=420442658060746&set=a.261170847321262.47762.261166827321664&type=1&ref=nf)

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

{{: transbord-ação

andã o p-aço cheio de gotas escuras dentro de nós

tantamentos, sobras vivas  que viram restos podres

mas não é podre o esterco pro estômago humano? e pra flor não é

pois então... me interessam as flores

[[seja-me margarida, meu amor

que sou esterco feito daquilo que os lixos levam pra montes feios e que a terra, no entanto, adora

aquilo que a terra devora e brota

aquilo que a terra rrebenta raízes, toma conta, penetra, estica as pontinhas, faz filhotes

semên-teia

e

abre pra ser molhada com chuva fina

(http://orquideadepelo.blogspot.com.br/?zx=ce949c8c1aeb134a)

terça-feira, 10 de setembro de 2013

A Corrente de Retorno

The Rip Tide

Beirut


And this is the house where I

I feel alone

Feel alone now

And this is the house where I

Could be unknown

Be alone now

Soon the waves and I

Found the rolling tide

Soon the waves and I

Found the rip tide

Angústia e dor incrustada nas boleias do meu corpo

Tenho estado sempre aflito
Por guardar em mim um grito
De rancor irresoluto
Incrustado nas ideias
Fui ficando esquisito
Com a fartura de conflito
Vou vivendo o não - dito
E sofrendo as intempéries
De uma dor que é tão difusa
Torna as tardes inconclusas
Desencanta os meus sentidos
E desmente o que se vê
E eu já tão desiludido
Apenas não acredito
Como ainda tenho gana
De querer falar bonito

(5 à seco - Vou mandar pastar)

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Embriaguez por aroma de pêssego


Moça da pele clara, das pernas branquinhas,
dos olhos chorosos e das mãos pequeninas.
Vós iluminais meu dia e faz da noite sina minha.
Confesso que foi com intento não me despedi de você,
Mas tudo tem um por que... Foi seu cheiro
De pêssego gigante que me tirou o guerreiro semblante 
Moça da pele clara, das pernas branquinhas,
dos olhos chorosos e das mãos pequeninas.
Menina dos olhos encantadores e dos braços de linha
Da boca com sorriso tácito... Que me inebria
Que me faz querer viver um ato que em mim brilha
Moça dos olhos com certa maldade inocente...
Eles me seduzem me fazem ser e não ser aqui presente
Moça da pele clara, das pernas branquinhas,
dos olhos chorosos e das mãos pequeninas.
Peço-lhe que triste não fique todos os dias das semanas, 
Pois meu coração saltita pela alegria que vós “emanas”
Com meus dedos entre pétalas gostaria de tocar seu rosto
Gostaria de beija-te toda a boca sorrida...
Mas ainda mais adoraria amorenar sua vida
Poder mostrar pela janela o jardim que é meu...
Que é tão seu... De nós dois.
Moça da pele clara, das pernas branquinhas,
dos olhos chorosos e das mãos pequeninas.
Adoro seu potencial de emudecer repentinamente
e, então me transbordar o fel da incerteza...
Suspiro com sua volubilidade... Horas emanais
o mais doce néctar, horas oferece um dinamite apenas,
mas nunca perde a graça de um ser dançante no ar.

Moça da pele clara, das pernas branquinhas,
dos olhos chorosos e das mãos pequeninas.
És na medida certa donzela e guerreira,
és apropriadamente espinho e flor,
és inoportunamente amiga e amante,
és em meus pensamentos um pouco menos que constante...

Moça da pele clara, das pernas branquinhas,
dos olhos chorosos e das mãos pequeninas...
Moça da pele clara, das pernas branquinhas,
dos olhos chorosos e das mãos pequeninas.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

as dores antioxidantes da romã que caiu dos seus "cachos"...

Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.

Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.

Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desafortunado.

Meu amor tem duas vidas para amar-te. Por isso te amo quando não te amo e por isso te amo quando te amo.

Pablo Neruda

...

o sabiá piou...

Pois é...


Pois é, é e é...
o coração... não para de derreter.. e escorre pelo chão sem se conter
pois é, é e é...
a minha mão não sente você... a minha mão é puro sangue e lagrimas tocando você...
e minha hemorragia afetiva não quer nem saber.
a minha pele de terra está molhada porque... não paro de me escorrer pensando em você...
assim... meus poemas embebidos e sem todo o brilho que poderiam ter.
pois é. pois é...
as minhas serestas se colocam como um vento que não navega um balão
as camadas da natureza já não me protegem mais dos raios gamas e pingos de ácido...
e eu espero... deteriorando... espero com certa fé... de que existam coisas que não conheço que tem o carinho e o zelo que julgo merecer...
e assim o pois é... não carregará um certo ar de tristeza.
...
...
...
...
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...
...
...
pois é.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Conversa de Botas Batidas



Esta versão fez parte da coletânea "Re-Tratos" que, com licença poética, gravaram versões de músicas da banda Los Hermanos.

Veja você, onde é que o barco foi desaguar
A gente só queria um amor
Deus parece às vezes se esquecer
Ah, não fala isso, por favor
Esse é só o começo do fim da nossa vida
Deixa chegar o sonho, prepara uma avenida
Que a gente vai passar

Veja você, quando é que tudo foi desabar
A gente corre pra se esconder
E se amar, se amar até o fim
Sem saber que o fim já vai chegar
Deixa o moço bater
Que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos
Pra um amor de tantas rugas
Não ter o seu lugar

Abre a janela agora
Deixa que o sol te veja
É só lembrar que o amor é tão maior
Que estamos sós no céu
Abre a cortina pra mim
Que eu não me escondo de ninguém
O amor já desvendou nosso lugar
E agora está de bem

"Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão."

Deixa o moço bater
Que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos
Pra um amor de tantas rugas
Não ter o seu lugar

Diz, quem é maior que o amor?
Me abraça forte agora, que é chegada a nossa hora
Vem, vamos além
Vão dizer, que a vida é passageira
Sem notar que a nossa estrela vai cair

(o poema entre aspas chama-se "Memória" e é declamado por Carlos Drummond de Andrade, seu autor)

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

I want... you... and me

I want your flowers like babies want God's love
Or maybe as sure as tomorrow will come...

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

segunda-feira, 29 de julho de 2013

When you lose something you cannot replace (Fix you)


When you try your best, but you don't succeed
When you get what you want, but not what you need
When you feel so tired, but you can't sleep
Stuck in reverse

And the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone, but it goes to waste
Could it be worse?

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try, to fix you

And high up above or down below
When you're too in love to let it go
But if you never try, you'll never know
Just what you're worth

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try, to fix you

Tears stream down your face
When you lose something you cannot replace
Tears stream down your face
And I... [2x]

Tears stream down your face
I promise you I will learn from my mistakes
Tears stream down your face
And I

Lights will guide you home
And ignite your bones
I will try to fix you

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Solidão e Tristeza de Afogamentos (STA)


Talking to the moon


At night when the stars
Light up my room
I sit by myself
Talking to the moon
Try to get to you
In hopes you're on
The other side
Talking to me too
Or am I a fool
Who sits alone
Talking to the moon


Talking To The Moon - Bruno Mars
Aquela esperança de tudo se ajeitar...
Pode esquecer.
Aquela aliança de revitalizar o passado, você pode usar pra tentar valer...

e

Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado.

terça-feira, 16 de julho de 2013

)


...


(


Você pode ir...



Você pode ir na janela
Pra se amorenar no sol
Que não quer anoitecer

E ao chegar no meu jardim
Mostro as flores que falei

Vai sem duvidar
Mas se ainda faz sentindo, vem
Até se for bem no final
Será mais lindo

Como a canção que um dia fiz
Pra te brindar

Você pode ir na janela
Pra se amorenar no sol
Que não quer anoitecer
E ao chegar no meu jardim
Mostro as flores que falei


Você só me fez mudar
Mas depois mudou de mim


só... olha pra mim... vê
Vêm... olha pra mim...sim
só... vê que é assim.. é..
vem... deixa eu seguir...

quinta-feira, 11 de julho de 2013

quarta-feira, 10 de julho de 2013