terça-feira, 24 de setembro de 2013

Sobre orgasmos...


Chorar é ter orgasmos pelos olhos... 

sábado, 21 de setembro de 2013

poe'carne da pulsação carn'i'poieses


Queria decorar seus músculos
vagarosamente, acariciosamente.
E deixar que o miocárdio pare
Que contraia e falhe
taquicardiamente.

Queria decorar seus olhos
Retina com retina, lente com lente.
Queria esquecer prova e livros
Aulas e intensivos
corpos já não mais vivos
pra viver contigo só este presente.

Pois deixei tudo interligado
Como um giro cingulado
Próximo aos seus olhos claros
sempre que estive ausente.

Mas não há como marcar meus passos
Nem como me desfibrilar
Apenas seja a corda tendínea
Do meu músculo papilar.

(Anatomia da Depressão: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=420442658060746&set=a.261170847321262.47762.261166827321664&type=1&ref=nf)

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

{{: transbord-ação

andã o p-aço cheio de gotas escuras dentro de nós

tantamentos, sobras vivas  que viram restos podres

mas não é podre o esterco pro estômago humano? e pra flor não é

pois então... me interessam as flores

[[seja-me margarida, meu amor

que sou esterco feito daquilo que os lixos levam pra montes feios e que a terra, no entanto, adora

aquilo que a terra devora e brota

aquilo que a terra rrebenta raízes, toma conta, penetra, estica as pontinhas, faz filhotes

semên-teia

e

abre pra ser molhada com chuva fina

(http://orquideadepelo.blogspot.com.br/?zx=ce949c8c1aeb134a)

terça-feira, 10 de setembro de 2013

A Corrente de Retorno

The Rip Tide

Beirut


And this is the house where I

I feel alone

Feel alone now

And this is the house where I

Could be unknown

Be alone now

Soon the waves and I

Found the rolling tide

Soon the waves and I

Found the rip tide

Angústia e dor incrustada nas boleias do meu corpo

Tenho estado sempre aflito
Por guardar em mim um grito
De rancor irresoluto
Incrustado nas ideias
Fui ficando esquisito
Com a fartura de conflito
Vou vivendo o não - dito
E sofrendo as intempéries
De uma dor que é tão difusa
Torna as tardes inconclusas
Desencanta os meus sentidos
E desmente o que se vê
E eu já tão desiludido
Apenas não acredito
Como ainda tenho gana
De querer falar bonito

(5 à seco - Vou mandar pastar)

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Embriaguez por aroma de pêssego


Moça da pele clara, das pernas branquinhas,
dos olhos chorosos e das mãos pequeninas.
Vós iluminais meu dia e faz da noite sina minha.
Confesso que foi com intento não me despedi de você,
Mas tudo tem um por que... Foi seu cheiro
De pêssego gigante que me tirou o guerreiro semblante 
Moça da pele clara, das pernas branquinhas,
dos olhos chorosos e das mãos pequeninas.
Menina dos olhos encantadores e dos braços de linha
Da boca com sorriso tácito... Que me inebria
Que me faz querer viver um ato que em mim brilha
Moça dos olhos com certa maldade inocente...
Eles me seduzem me fazem ser e não ser aqui presente
Moça da pele clara, das pernas branquinhas,
dos olhos chorosos e das mãos pequeninas.
Peço-lhe que triste não fique todos os dias das semanas, 
Pois meu coração saltita pela alegria que vós “emanas”
Com meus dedos entre pétalas gostaria de tocar seu rosto
Gostaria de beija-te toda a boca sorrida...
Mas ainda mais adoraria amorenar sua vida
Poder mostrar pela janela o jardim que é meu...
Que é tão seu... De nós dois.
Moça da pele clara, das pernas branquinhas,
dos olhos chorosos e das mãos pequeninas.
Adoro seu potencial de emudecer repentinamente
e, então me transbordar o fel da incerteza...
Suspiro com sua volubilidade... Horas emanais
o mais doce néctar, horas oferece um dinamite apenas,
mas nunca perde a graça de um ser dançante no ar.

Moça da pele clara, das pernas branquinhas,
dos olhos chorosos e das mãos pequeninas.
És na medida certa donzela e guerreira,
és apropriadamente espinho e flor,
és inoportunamente amiga e amante,
és em meus pensamentos um pouco menos que constante...

Moça da pele clara, das pernas branquinhas,
dos olhos chorosos e das mãos pequeninas...
Moça da pele clara, das pernas branquinhas,
dos olhos chorosos e das mãos pequeninas.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

as dores antioxidantes da romã que caiu dos seus "cachos"...

Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.

Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.

Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desafortunado.

Meu amor tem duas vidas para amar-te. Por isso te amo quando não te amo e por isso te amo quando te amo.

Pablo Neruda

...

o sabiá piou...

Pois é...


Pois é, é e é...
o coração... não para de derreter.. e escorre pelo chão sem se conter
pois é, é e é...
a minha mão não sente você... a minha mão é puro sangue e lagrimas tocando você...
e minha hemorragia afetiva não quer nem saber.
a minha pele de terra está molhada porque... não paro de me escorrer pensando em você...
assim... meus poemas embebidos e sem todo o brilho que poderiam ter.
pois é. pois é...
as minhas serestas se colocam como um vento que não navega um balão
as camadas da natureza já não me protegem mais dos raios gamas e pingos de ácido...
e eu espero... deteriorando... espero com certa fé... de que existam coisas que não conheço que tem o carinho e o zelo que julgo merecer...
e assim o pois é... não carregará um certo ar de tristeza.
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pois é.