Como bem escreveu João Cabral de Melo Neto:
"O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte."
O amor comeu tudo e ainda sim é menino pequeno que não sabe enfrentar vida...
é um copo de água pra uma manada de elefante, é um pessoa pra olhar todas as estrelas...
é uma gota de lagrima no oceano, é um marujo sem pé no mar, é uma maça pra que tem fome de carne,
é um carinho pra quem deseja brigar, é um caminho que não escolhem pra trilhar...
é uma lingua que não consegue degustar o doce...
é um lençol que não cobre o corpo...
é algo que não está no escopo...
é um utensílio sem serventia na casa de quem não se perfuma com o frescor do sentimento genuíno...
e muito pouco pra quem se sente cansado de ter sido sempre mal tratado...
é muito bom pra quem é desconfiado...
é muito raso pra não poder se deixar inapagado...
é muito menino pra parecer coisa séria...
é tão pouquinho que se confunde com miséria...
é tão privado que parece insensato... é recente, então parece incoerente....
é tão faminto que parece um bebê...
é tão de lado que não vislumbra-te a você...
é um menininho de um metro e 15 de altura correndo para caçar balões de Cecília...
O amor reconhecível, que aperta meu coração e faz corpo doer... e meu sangue parar... é tão pequeno que devora tudo que sou , que devora minha paz, minha amanda noite, minha primavera festiva, , meu silêncio insalubre, minha frutas prediletas, meus escritos de folhas, minha guerra, meu futuro.... mas ainda sim não cresce.... eu adoro o amor do João Cabral de Melo Neto, mas o meu é pequeno.... não é buraco negro gigante que devora tudo... ele engole só a mim...
só queria que fosse diferente... mas não é... como as borboletas brancas...
"O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte."
O amor comeu tudo e ainda sim é menino pequeno que não sabe enfrentar vida...
é um copo de água pra uma manada de elefante, é um pessoa pra olhar todas as estrelas...
é uma gota de lagrima no oceano, é um marujo sem pé no mar, é uma maça pra que tem fome de carne,
é um carinho pra quem deseja brigar, é um caminho que não escolhem pra trilhar...
é uma lingua que não consegue degustar o doce...
é um lençol que não cobre o corpo...
é algo que não está no escopo...
é um utensílio sem serventia na casa de quem não se perfuma com o frescor do sentimento genuíno...
e muito pouco pra quem se sente cansado de ter sido sempre mal tratado...
é muito bom pra quem é desconfiado...
é muito raso pra não poder se deixar inapagado...
é muito menino pra parecer coisa séria...
é tão pouquinho que se confunde com miséria...
é tão privado que parece insensato... é recente, então parece incoerente....
é tão faminto que parece um bebê...
é tão de lado que não vislumbra-te a você...
é um menininho de um metro e 15 de altura correndo para caçar balões de Cecília...
O amor reconhecível, que aperta meu coração e faz corpo doer... e meu sangue parar... é tão pequeno que devora tudo que sou , que devora minha paz, minha amanda noite, minha primavera festiva, , meu silêncio insalubre, minha frutas prediletas, meus escritos de folhas, minha guerra, meu futuro.... mas ainda sim não cresce.... eu adoro o amor do João Cabral de Melo Neto, mas o meu é pequeno.... não é buraco negro gigante que devora tudo... ele engole só a mim...
só queria que fosse diferente... mas não é... como as borboletas brancas...
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