terça-feira, 29 de outubro de 2013

No meio da madrugada....

Meu peito bateu tão forte no meio da madrugada....
que senti meu tórax se render à sua potencia.
E fiquei observando o que poderia ter acontecido e percebi que a unica coisa que pensei...
foi o quanto gosto de você, o quanto tenho amor por ti... e meu coração se tazmaniou e bateu feito pombo sem asas

um, dois, três, e assim vai...

O toque das pétalas é suave e sedoso
a brisa é meiga e singela...
e eu no meio de tudo isso...
o pingo do meu suor carnívoro
o sorriso embriagado de sossego...
e o rio a correr... e correr...
e eu no meio de tudo isso...
e eu no meio de tudo isso...
e eu na senda do meu destino...
e eu desmarcando meus compromissos...
e eu olhando e ouvindo o mar...
nomaR...  

domingo, 20 de outubro de 2013

Porta, Retrato

Antes de me ofender
antes de se afastar
gosto de você, pra começar

Antes de entristecer
e antes de me culpar
gosto de você, branquinha

Antes de envelhecer
antes de se lembrar
gosto de você agora

Quando você voltar pra casa, pequena
não há tristeza que valha a pena

(Porta, Retrato - Cícero)

O tempo de quadra em quadra

Do lado da alegria toda
Espero sentado o próximo ônibus
A confusão a caminhar
E a solidão a batucar
De lado pra alegria toda
Procuro calado a caixa de fósforos
A confusão a caminhar
E a solidão a batucar.

(Duas Quadras, Cícero)

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Amor... em línguas

Ek is lief vir jou (17/10/2013) 18:27

ich liebe dich  (17/10/2013) 23:15

я цябе люблю (18/10/2013) 19:55

मैं तुमसे प्यार करता हूँ (19/10/2013) 12:26

Aishiteru (19/10/2013) 12:27

Eu te amo (19/10/2013) 13:58

jag älskar dig (19/10/2013) 18:08

Eu te amo é a unica frase que consigo falar sem que meu corpo se contorça de dor, são as únicas palavras que me aliviam essa imensidão esmagadora...

I love you (20/10/2013) 12:32

Is breá liom tú (21/10/2013) 11:51

ຂ້າພະເຈົ້າຮັກທ່ານ (22/10/2013) 17:25

fi cariad eich (23/10/2013) 00:40

Aš tave myliu (23/10/2013) 00:41

Eu te amo (23/10/2013) 00:42

Eu te amo (23/10/2013) 00:43

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Não consegui escrever um título para tamanha dor...

É com uma tristeza inabalavelmente profunda. É um tal de pinga-pinga do peito. Um alívio insuportavelmente angustiante que meu coração parou de bater... foi em uma noite chuvosa onde cada pingo escorria pelo meu corpo que com um uivo demasiadamente humano meu coração parou.... empedrou, adoeceu de tanta espera... isso é deveras verídico, porém  ao contrário do que pedi o clichê... continuo calmo... não vou gritar, nem me debater... apenas ficarei aqui sentado vendo a margem de afastar...
Tenho um pouco de medo, estou apavorado na verdade, mas ainda tenho o que viver... só que agora tenho um pedaço de carne cinza no peito...
Eu assim como Clarice, tento captar a quarta dimensão... sabe aquela coisa de instante-já e da Psicologia da Gestalt...

Eu não sou um excelente escritor... escrevo tosco, mas gosto dos meus dizeres... não por me orgulhar deles... na verdade eu me envergonho quase sempre do cara refletido nas minhas palavras, mas tento perdoa-lo... ou esquece-lo.

E assim será com você Violeta...

usarei todo esse sofrimento pingado de mim como tinta pra pintar meus quadros, ou para escrever meus dizeres... tenho que me apressar pois já estou quase que completamente descorado... meu coração está em frangalhos... e como diria Leoni

"Eu respiro tentando
Encher os pulmões de vida
Mas ainda é difícil
Deixar qualquer luz entrar...

Ainda sinto por dentro
Toda dor dessa ferida
Mas o pior é pensar
Que isso um dia
Vai cicatrizar...

Eu queria manter
Cada corte em carne viva
A minha dor
Em eterna exposição
E sair nos jornais
E na televisão
Só pra te enlouquecer
Até você me pedir perdão..."

Mas serei eu mesmo... cicerado...

"...pra não te magoar
Não tem porquê
Pra ajudar teu analista:
"Desculpa."
Mas se você quiser
alguém pra amar
ainda
Hoje não vai dar
Não vou estar
Te indico alguém"

Esse meu descoloramento é permanente... perdi muito sangue agora preciso descansar... Nesse instante-já esta amanhecendo com uma aurora nebulosa... esta chovendo... meus pés descalço se umidessem  se tornam tácitos... passam sem fazer barulho... sem deixar marca... e vão se distanciando vagarosamente da esperança um dia presente... isso é tristeza... não to falando das pinturas convencionais.... to falando como Michel Seuphor... isso é tristeza, sem ilustrar coisa alguma, não conta histórias e não elaboram um mito. Simplesmente evoca os reinos intocados da alma, onde o sonho torna-se pensamento e onde o traço torna-se existência... eu diria onde a tristeza torna-se sem forma, nem determinantes, apenas... eu existindo...

Hymne à L'amour

Nem todo inimigo é vencível. Por exemplo, a morte. A gente pode passar por ela de raspão, enfrentá-la, confundi-la, adiá-la. Mas no final, ela sempre vence.

Nem toda leitura vale a pena. Campanhas para incentivar novos leitores são sempre bem-vindas. Ler é enriquecedor e libertador. Mas um livro ruim na forma e chato no conteúdo pode matar um leitor no nascedouro.

Nem todo trabalho é salubre. Experimente ser carvoeiro, mineiro, estivador, garimpeiro, costureira clandestina. Experimente a pá e a enxada sol a sol. Experimente vender mate, limonada, sandália, canga nas areias da praia.

Nem todo prazer é sustentável. Veja o caso das drogas - ilegais e legais. Elas são capazes de excitar, animar, empoderar. Mas, muitas vezes, poucos anos de euforia levarão a muitos de lágrimas.
Nem toda dor é inevitável. Preconceito, discriminação, machismo,  prepotência não nascem com o bebê. São patologias adquiridas ao longo da socialização. Elas enfraquecem o cérebro do paciente e causam sofrimento aos outros.

Nem toda paz é alegre. Há situações que só se transformam com ruído, indignação e luta. Há momentos em que você tem que cair da cadeira para sair do lugar. Tem que bater no fundo do poço para depois voar.
Nem todo concreto é seguro, haja vista a ação de terremotos, tsunamis, furacões. Nem toda escada leva para o alto, elas também descem aos subterrâneos. Nem todo avião decola e aterrissa, alguns explodem no ar.

Nem todo caminho vale ser trilhado. Nem toda criança é doce. Nem todo velho é sábio. Nem todo jovem inova. Tem cantor que desafina. Tem cozinheira que salga. Tem riqueza que definha. Tem poder que desaba.

Nem todo dia é um bom dia. Há aqueles em o carro quebra, o chefe berra, o arroz queima, o computador apaga, o joelho dói, a vizinha xinga, o riso termina em choro, a chave quebra na fechadura.

Só amar é absoluto. Pois não existe amor errado, inútil, antiquado. Amar é o que faz o mundo ser inimaginável. Amar faz a falta virar abundância. Amar relativiza todas as mentiras e todas as verdades.

(Por f2012_pompeu | Mente Aberta – ter, 15 de out de 2013, Imagem: Régine Ferrandis, Paris)

domingo, 13 de outubro de 2013

...

Procuro um lugar onde a solidão seja mais arejada...

Quando você vem ou não?
O que você quer de mim?
Deixo por aí
O que você tem?
De onde você é?
Pode me esquecer
Se você quiser
Ou se deixar chover
Se você vier

Eu vou te acompanhar de fitas
Te ajudo a decorar os dias
Te empresto minha neblina
Vamos nos espalhar sem linhas
Ver o mundo girar de cima
No tempo da preguiça

Mas tudo bem
O dia vai raiar
Pra gente se inventar de novo (2x)

O que você é enfim?
Onde você tem paixão?
Segue por aí
Eu não sou ninguém demais
E você também não é
É só rodopiar
Em busca do que é belo e vulgar

Vamos onde ventar, menina
Foi bom te encontrar lá em cima
Odeio despedidas

Mas tudo bem
O dia vai raiar
Pra gente se inventar de novo
Mas tudo bem
O dia vai raiar
Pra gente se inventar de novo
E o mundo vai nascer de novo

(Cícero, Tempo de Pipa)

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Soneto das pétalas do seu copulencia'lma di buceta'risada


Soneto Do Teu Corpo

Juro beijar teu corpo sem descanço
Como quem sái sem rumo pra viagem
Vou te cruzar sem mapa nem bagagem
Quero inventar a estrada enquanto avanço

Beijo teus pés
Me perco entre teus dedos
Luzes ao norte
Pernas são estradas
Onde meus lábios correm a madrugada
Pra de manhã chegar aos teus segredos

Como em teus bosques
Bebo nos teus rios
Entre teus montes
Vales escondidos
Faço fogueira
Choro, canto e danço

Línguas de Lua
Varrem tua nuca
Línguas de Sol
Percorrem tuas ruas

Eu juro beijar teu corpo sem descanço
Eu juro

Juro beijar, eu juro

Sobre Orgasmos... (...)


Sorrir é ter orgasmos pela boca (alegriassorrida)