Queria decorar seus músculos
vagarosamente, acariciosamente.
E deixar que o miocárdio pare
Que contraia e falhe
taquicardiamente.
Queria decorar seus olhos
Retina com retina, lente com lente.
Queria esquecer prova e livros
Aulas e intensivos
corpos já não mais vivos
pra viver contigo só este presente.
Pois deixei tudo interligado
Como um giro cingulado
Próximo aos seus olhos claros
sempre que estive ausente.
Mas não há como marcar meus passos
Nem como me desfibrilar
Apenas seja a corda tendínea
Do meu músculo papilar.
(Anatomia da Depressão: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=420442658060746&set=a.261170847321262.47762.261166827321664&type=1&ref=nf)
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