terça-feira, 11 de junho de 2013

Estrada do só


Hoje quando acordei e abri os olhos quase que simultaneamente o primeiro pensamento que me ocorreu foi: "que dia profundamente triste".
Então dei continuidade aos pensamentos e reflexão que me acompanham nessa empreitada para poder entender tudo isso que esta acontecendo comigo e essa dor que me atravessa e me constitui...
mas resolvi para de pensar... resolvi sentir o que ocorre... sentir-me...
Assim, eu poderia dizer que a tristeza está me corroendo... mas não seria verdade...
Os meus gomos de dentro são tristeza... são feitos e guardam tristeza, meus poros, meus pelos, meu esqueleto, minhas entranhas, meus olhos e meu sorriso... todos são de uma profunda tristeza taciturna.
Os meus poros exalam o fétido perfume de tristura... que me tritura, meus pelos são garras feitas de melancolia que me prendem e me rasgam sem pudor, em um prurido ardor. A prostração do meu esqueleto me deixa derrubado e acamado...
As pulsões das minhas entranhas são lamurias por não ser amado,
os meus olhos e meu sorriso me condenam à sintonia de uma queda...
e minha alma em farrapos de desdobra esvoaçante tentando ser vista, cuidada...
Eu estou tão transbordante de tristeza que não há um dia que ela não escorra pelos meus olhos. salgada...
com diversas lagrimas abato-me ao chão, derramando tristeza pelos olhos e brilhando uma luz negra... que o tempo só faz ampliar...
Minha alma as vezes grita soluçada um: OHHH MOÇAAAA!!! OH Moça... oh moça, ohhhh mooçaaa, oh... mo... ça.. que fica cada vez mais fraco e sem horizonte...
Então visto meu suéter de raspas de agonia e ando sozinho pelas ruas na estrada do só... 

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